Jonathan Edwards – 5 de outubro de 1703 – 22 de março de 1758
Edwards nasceu em East Windsor, Connecticut, como filho de Timothy Edwards e neto do renomado Solomon Stoddard. Desde o seu nascimento, foi destinado ao ministério e, desde muito jovem, dedicou-se a servir à causa do cristianismo.
Após concluir seus estudos no Yale College, ele atuou brevemente como pastor na cidade de Nova York e em Bolton, Connecticut. Em seguida, mudou-se para Northampton, Massachusetts, onde serviu ao lado de seu avô e, após a morte de Stoddard em 1729, tornou-se o pastor principal da Primeira Igreja Congregacional. Durante seus anos em Northampton, Edwards começou a produzir obras filosóficas e teológicas que o estabeleceriam como o mais eminente filósofo cristão da América colonial.
Sua liderança intelectual durante o Grande Avivamento dos anos 1740 foi bem-sucedida em reinterpretar a teologia calvinista tradicional dentro do contexto do “Novo Aprendizado” defendido por John Locke e Isaac Newton.
Em 1750, após ser dispensado da congregação de Northampton devido a questões relacionadas à Comunhão e à membresia da igreja, Edwards aceitou um chamado para uma missão com nativos americanos em Stockbridge, Massachusetts, onde permaneceu até 1758. Durante esse período, ele concluiu muitos de seus famosos tratados teológicos, incluindo “Liberdade de Vontade” (1754) e “Pecado Original” (1758). No entanto, sua notável erudição não o impediu de se dedicar intensamente à atividade missionária com os índios Mohawk. Como evangelista e reformador de escolas para nativos americanos, ele trabalhou incansavelmente para suprir as necessidades religiosas e educacionais dessas comunidades. Por meio de seu exemplo e palavras, ele estabeleceu as bases para as missões calvinistas (“eduardianas”) nos séculos XIX e XX.
Em 1758, Edwards aceitou relutantemente o cargo de presidente do College of New Jersey (mais tarde Princeton College). No entanto, antes de assumir essa posição, ele faleceu devido a uma inoculação de varíola.
Como ministro, teólogo e missionário, Edwards exerceu uma profunda influência não apenas no pensamento, cultura e literatura de sua época, mas também na sociedade americana até os dias atuais. Ele é uma figura representativa de um período crítico da história americana e desempenhou um papel fundamental na vida espiritual do país. Quando os historiadores buscam uma pessoa que personifique a tendência puritana e intelectual no caráter americano, quase sempre se voltam para Edwards.
Além de seu papel como filósofo, Edwards também é considerado um dos teólogos americanos mais proeminentes. Seu brilhantismo acadêmico sempre esteve ligado à sua prática ministerial, o que o destacou como pastor, pregador e líder do Primeiro Grande Despertamento nos Estados Unidos. Ele também se dedicou ao estudo dos fenômenos de avivamento e escreveu vários livros e sermões sobre o amor e a bondade de Deus, alguns dos quais foram publicados no Brasil